terça-feira, agosto 23, 2005

just babbling..

Este blog anda devagar por esses dias. Eu ando sem paciência, sem saco, com pouco tempo livre para fazer as coisas que eu gosto.
O dia a dia é tão desgastante, a gente passa a maior parte do tempo correndo pra fazer as coisas que a gente nem gosta de fazer na sua maioria. Não que meu trabalho seja uma coisa que eu não goste de fazer, mas entre trabalhar e passar o tempo com o meu filho, eu gosto mais de passar tempo com o meu filho. Entre trabalhar e ir ao cinema, eu gosto mais de ir ao cinema. Entre trabalhar e ler um livro.. por aí vai. A vida é corrida pra todo mundo, ou pelo menos para a maioria das pessoas. Mas, puxa, a vida é só feita disso? De trabalhar? De correr? De andar sempre sem tempo? Tem dias que parece que sim.

E se a vida moderna é corrida no geral, o povo americano então, triplique esta loucura..É tudo feito nas carreiras, porque tudo funciona ao redor de fazer dinheiro. Escanteado fica todo o resto que não fabrica as verdinhas. O que faz de um País rico um País rico?
Fazer dinheiro é a prioridade de todo mundo. Povo capitalista ao extremo, mimado demais, será mesmo que precisamos de tantas coisas assim? As casas enormes, os carros enormes, as tvs enormes, os refrigeradores enormes (que agora vêm até com tv já instalada na porta), 300 canais à cabo, etc, etc, etc... Comodidades que custam caro. Os carros, então, os americanos não abrem mão de seus SUVs que bebem toneladas de gasolina, que não pára de subir de preço.. Precisam de carros tão avantajados pra que mesmo? Ah, é, porque vivem montados neles pra cima e pra baixo o tempo todo, correndo de um lado para o outro, numa rotina apertada. 1 hora para almoço, as vezes nem isso. Abrem as portas, caem as enchurradas de lixo conviniente (aqueles que acumulam dentro do carro, porque facilitam as suas vidas).

Hoje de manhã, parada no sinal estava observando.. a mulher da frente fazia a maquilagem.. o cara do lado usava um barbeador desses de pilha.. haha! Parece até mentira minha.. Os quatro carros ao meu redor, todos com seus copinhos descartáveis de café, e eu também.. o café da manhã. Então, a mulher que fazia a maquiagem e o homem que fazia a barba, era isso + tomar café + dirigir.. Putz!
Quando as vezes me pergunto se lá em casa somos os únicos que não sentamos à mesa pra tomar um café da manhã, o questionamento dura só uns poucos minutos, pois é só sair porta afora pra me encaixar direitinho na loucura de todo mundo. Quem tem tempo pra isso por aqui? Na hora do almoço, as pessoas estão presas em mini engarrafamentos nas Drive-thrus das McDonalds. Sempre correndo para não perder o horário. Enquanto isso, os celulares pendurados nos ouvidos. Cada vez menores, diga-se de passagem.
Agora andam por aí com um tipinho que engancha diretamente na orelha, e lá ficam a maior parte do tempo. Não sei nem como funciona, mas não tem auxílio das mãos, pelo que entendo. Loucura isso!
Me lembro de quando trabalhava no Brasil, que tinha 2 horas para almoço, e eu e os meus colegas de trabalho mais chegados juntávamos os tickets refeições e saíamos cidade afora, todos os dias um restaurante novo pra conhecer. Porque o dinheiro dava, e o tempo também.
Aqui, somos escravos dos hamburguers, da qualidade pobre de atendimento ao cliente, gritando os nossos almoços aos quatro ventos, num microfonezinho medíocre de funcionamento pobre, dos drive-thrus da vida.

Mas, como eu andava dizendo, estou sem saco para as coisas do dia à dia, para a rotina. Logo eu que nunca fui uma pessoa de rotina. Uma vez li uma coisa que dizia que o povo de Áries (eu) detesta relógio de ponto, mas motivado vara a noite trabalhando. É, sou eu! Destesto ter que aparecer no meu trabalho a uma determinada hora, cumprir aquela carga horária, depois voltar pra casa. Daí acordar no dia seguinte e fazer tudo de novo.
Dizem que a definição de loucura é repetir o mesmo comportamento novamente e novamente e novamente, esperando resultados diferentes..

Não sei se é o avançar dos anos, ou talvêz cuidar de uma criança pequena, mas a gente chega a um ponto que acabam-se os "nonsenses" por falta de melhor palavra em português. Com uma criança que requer atenção total durante tempo integral, e uma rotina corrida, e a falta de tempo para coisas mais triviais, vai se esgotando a paciência para o que não importa. Vamos ficando mais seletivos, o que interessa, interessa, o resto, por favor, meu tempo é dinheiro, literalmente!

E aí, acontece dias como hoje quando puxa, só queria mesmo era estar deitada numa praia qualquer do Brasil, jogando conversa mole fora, e esquecida que o mundo gira movido por dinheiro. Aí, amanhã, recomeçaria a loucura com as baterias recarregadas. Ou não..

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