domingo, setembro 11, 2005



Esta foto foi tirada por mim num dia de verão em 1997, quando eu, meu marido, e dois primos que passavam suas férias aqui com a gente, decidimos pegar o carro e ir passar o dia lá em NY. Já tinha passado pelas torres antes, mas entrado mesmo, tirado fotografia, etc, esta foi a primeira... e infelizmente, a última vez. Sempre gostei muito desta foto por representar a grandeza majestosa da arquitetura dos prédios. Em pensar que as mãos dos homens constroem coisas assim. Nunca fomos até o topo, pois no dia, algo lá por cima estava em manutenção. Então, só nos contentamos com a vista do Empire State building.

Nunca, nunca pensei que 4 anos mais tarde esses prédios iriam ser derrubados. O 11 de Setembro de 2001 foi o dia em que eu mais senti medo em toda a minha vida. Não medo por mim, mas medo pelo desconhecido, medo pelo que possivelmente estaria por vir, medo por todas aquelas pessoas que se encontravam nos locais atingidos, medo por constatar que existem pessoas neste mundo que são tão monstruosas a este ponto, medo de ver a cidade de Nova York em tamanha povorosa e saber que não era mais um filme de Hollywood. Era verdade, estava acontendo mesmo.

Lembro que estava no trabalho, e um dos meus colegas me perguntou se eu tinha o meu rádio sintonizado no Howard Stern Show (do qual sou bastante fã). O primeiro avião havia atingido uma das torres, e até então, ninguém pensou que teria sido mais que um acidente. Assim que ele acabou de me perguntar, o acessor de Howard entra no Estudio e avisa pra ele. Daí a alguns minutos, o segundo avião, e pronto, o mundo inteiro parou. Ninguém mais conseguiu fazer nada. A situação era tão caótica e surrealista ao meu redor. Os telefones começaram a tocar como loucos, as pessoas se comunicando freneticamente. O meu chefe tinha uma tv na sala dele, que manteve ligada o resto do dia. Lembro de ter entrado lá num determinado momento, e uma das torres acabara de cair.. Não acreditava nos meus olhos.
Com tudo isso, não sei porque, mas fomos mantidos no trabalho. Ninguém foi mandado pra casa. Na hora do almoço, na maior angústia corri para a escolinha do meu filho, para ir vê-lo. Ele só tinha 3 meses de idade. Meu marido também estava preso no trabalho dele e não pôde ir pra casa. O trânsito estava caótico, mas ninguém buzinava, ninguém corria, ninguém se alterava. Existia uma compreensão quase que palpável nas pessoas.
Lembro de como tudo parou -as atividades mais corriqueiras, os programas de tv, os jogos nos estádios, os shows, os cinemas, os aviões.. por uma semana inteirinha não se viu um avião no céu deste País.
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September 11 Victims
September 11 CNN Memorial
US Department of State - September 11 Victims and Heroes - "This tragedy really united, and reunited the diversity in America"

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