domingo, maio 21, 2006

Poseidon I e II



A uns dois ou três anos atrás, passeando pelos corredores de filmes da Best Buy, me deparei com o dvd do "O Destino do Poseidon", e tive que comprá-lo na mesma hora.
O filme é antigão de 1972, desses que a Globo adorava passar o tempo todo nos anos 70 e começo dos anos 80. Perdi as contas de quantas vezes já o assisti. Mesmo depois de já está careca de saber o que iria acontecer, sempre era envolvida pelo suspense e ficava morrendo de medo, encolhida no sofá.
O Destino do Poseidon (em inglês The Poseidon Adventure) faz parte de uma série de filmes catástrofe que era moda no começo dos anos 70. Filmes como "Inferno na Torre" de 1974 e "Aeroporto" de 1970. Acontece que eu adoro filmes assim. Inferno na Torre também é um dos meus favoritos.

Poseidon acaba de ser relançado nos cinemas por aqui. Chegou para abrir a temporada de filmes de ação e aventura que é comum ao verão americano. A nova versão ganhou uma "roupa nova" com efeitos especiais de tirar o fôlego (no pum intended), e personagens diferentes. Para que assim então, macacas velhas como eu continuem sem saber o que irá acontecer. O resultado final, mais do que um remake, ficou um filme novo, com personagens novos, suspense novo, baseado numa idéia antiga. Foi para filmes como este que as grandes telas de cinema foram feitas.

Tem muita gente que vai dizer que o filme não tem conteúdo, que o filme não faz sentido, que o filme é ridículo. Se você assiste um filme como este esperando conteúdo, então você não está captando o espírito da coisa! Se você quer ver filmes cabeça, espere pelo remake de Citizen Kane (não, opps, filme cabeça não tem remake). Mas se você quiser roer as unhas, ficar agoniado de suspense, se sentir claustrofóbico, perdendo o fôlego, com o coração na mão, na beirada da cadeira o tempo todo, GAME ON!

A estória se passa dentro de um transatlântico de luxo, com os passageiros celebrando o ano novo em alto mar! A festa rola solta, e os personagens se divertem sem saber que uma onda de proporções tsunami está prestes a atingí-los. Não há tempo para nada e depois que a onda passa, o gigantesco navio está de cabeça para baixo. Na vida real acho improvável que alguém escapasse de uma dessas com vida, mas aqui não existe lógica, lembra?
Os sobreviventes ficam divididos em dois grupos: Uns 7 ou 8 que decidem que para escapar com vida terão que subir até o casco do navio (agora virado para cima), e procurar uma saída. E o restante que vai dizer que é uma loucura e aguardar resgate ali mesmo. Aqui fica fácil deduzir quem está assinando sua sentença de morte, né?
O filme segue adiante com o pequeno grupo de exploradores. No original, este grupo é liderado por Gene Hackman (novinho e super gato) na pele de um reverendo. No remake, temos Kurt Russel e Josh Lucas (outro eye candy). No antigo existe um certo desenvolvimento de personagens. No atual, nem tanto. As situações em ambas as verões são similares. O único meio de escapar segue por um caminho cheinho de gente morta por todos os lados, água e fogo por todos os lados, uma surpresa atrás da outra, muito medo, muito suspense, e passagens impossíveis. Não dá pra dizer quem vai morrer e quem vai viver. E você só vai conseguir respirar de volta no último minutinho do filme, quando os créditos começarem a rolar. Adrenalina pura!


O original, 1972
Gene Hackman, Ernest Borgnine, Roddy McDowall, Shelley Winters..

Remake, 2006
Diretor Wolfgang Petersen, que também dirigiu Air Force One, The Perfect Storm, Das Boot, entre outros.
Kurt Russell, Richard Dreyfuss, Josh Lucas, etc.

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